sexta-feira, 21 de agosto de 2009

* O poeta Luiz Alberto Machado na Rádio Difusora de Alagoas!



LUIZ ALBERTO MACHADO INFORMA:


O Tataritaritatá deste sábado, dia 22, a partir das 9hs no Alagoas Frente & Verso da Radio Difusora de Alagoas, apresentará as seguintes atrações:

Mácleim, Naná Vasconcelos, Clara Redig, a cantora Sonia Mello, Coretfal, a cantoria de Sebastião Dias & Zé Cardoso, a escritora Socorro Cunha, a DJ Zen, Mestre Pagode, Marcia Vilela, Uma noite em Tabariz, a professora Aurea Correia do Colégio Imaculada Conceição de Maceío e as comemorações do dia Folclore!!!
Para conferir é só acessar a partir das 9hs deste sábado:

http://www.izp.com.br/rdedifusora.php

Agora vamos para as novidades da semana no
NEWS BLOGS:

Raymond Radiguet, Altamiro Carrilho, Marquês de Sade, Tibério Gaspar, Tunai, Anibal Beça & Folhas da Selva, Fred Matos, Fator4, A vida que eu pedi adeus, Zé Modesto, Barra da Saia, Duo nº 1, Som do Norte, Reus Confesssos, Alagoas RadioWeb, Aqui quase longe, Deu com a pleura, Thaís Mota, Marcos Barreto, Universidade do Blues, DJ Zen, Festival de Cordel, Eliane F. C. Lima, Poezia Tradiccional do Nordheste, Verônica Fraga, Zona Digital, Nossa Bandeira & Joaquim Redig, Exposição Entre Sonhos, Mundos & Letras, Teatro para crianças, Fecap, Economistas em ação, Coisas de Alagoas, sacadas & tuitadas do Fecamepa & muito mais acessando
News Blog na minha home page abaixo:

http://www.luizalbertomachado.com.br/

Beijabrações & um maravilhoso final de semana procê!!!!
(Não deixe de ligar o som quando acessar para curtir a Radio Tataritaritatá!!!)

PS: Estou na Garagem do Domingão do Faustão! Para conferir e votar é só acessar:
http://domingaodofaustao.globo.com/Domingao/Garagemdofaustao/0,,16989-p-V1065104,00.html

segunda-feira, 13 de julho de 2009

* Homenagem aos 81 anos de nascimento de Telles Júnior!

Foto do Museu Telles Júnior - Rua Antonio Becco, 138 Centro - Palmares - PE (o primeiro Museu da Cidade dos Palmares, criado pela família do artista, no local onde funcionava o atelier dele, num anexo da residência). O espaço cultural está necessitando restauração. Família sem recursos para manter e sem verbas públicas direcionadas para os fins devidos, obras de artes e acervos diversos de escritos, pertences pessoais, estão em ambiente impregnado de fungos, cupins, goteiras, etc... O GRUCALP iniciará uma campanha de restauração do Museu Telles Júnior.

Hoje é comemorado o 81º Aniversário de nascimento do artista Telles Júnior!
Veja o site do artista (pintor, escultor, poeta, ator, diretor de teatro, compositor de músicas, locutor, esoterista) e saiba mais sobre sua vida e obras artísticas (poemas, fotos de esculturas e de pinturas):
http://www.tellesjunior.xpg.com.br/
Quem viveu a vida na arte e a arte em vida conseguiu a Eternidade! Imortalidade pela obra deixada no mundo!
No programa "Cultura e o seu redator", a Rádio Cultura dos Palmares AM (
http://www.rcpalmares.com.br/ ) homenageou o artista. Inicialmente, nas notas de aniversários do dia, com o repórter Alberto Passos e depois no programa citado, na voz do locutor Humberto Araújo (Humberto chicote).
Agradecemos a ao carinho dos amigos que fazem a Rádio da integração regional da Mata Sul Pernambucana! A pioneira na região!

Parabéns Telles Júnior!
Beijos e abraços de todos os que fazem o GRUCALP e todos os artistas palmarenses!

Clipes sobre a vida e obra de Telles Júnior veja nos canais:
www.youtube.com/GRUCALP
www.youtube.com/colmeiadasletras

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

* Arraial do Cordel

A LIVRARIA EXPRESSA AGRADECE PENHORADA A OPORTUNIDADE QUE LHE É DADA PELO PROJETO "CORDEL O ANO INTEIRO".
QUE O EXEMPLO SEJA IMITADO PARA QUE OS DIVERSOS PROJETOS COMECEM A CONVERSAR ENTRE SI.
"UM MAIS UM É SEMPRE MAIS QUE DOIS"
- Fernando Brandt
Alberto Oliveira

LANÇAMENTO DO KIT CULTURAL E ECOLÓGICO DA LIVRARIA EXPRESSA
LANÇAMENTO DO CORDEL NO MEIO DO MUNDO (1, 2 e 3) projeto de ALBERTO DE OLIVEIRA RODRIGUES, TAMBÉM INCENTIVADO PELO FUNCULTURA.
LANÇAMENTO DO PROJETO PLANTANDO SEMENTES DA LIVRARIA EXPRESSA & CIA LTDA
http://www.livrariaexpressa.com.br/
alberto@livrariaexpressa.com.br
LITERATURA A PREÇOS POPULARES + ENVELOPE COM SEMENTE. VOCÊ ESTÁ CONVIDADO A PLANTAR ESTA IDÉIA.

terça-feira, 9 de junho de 2009

* Palmares dos Brasões falidos aos alienígenas fraudadores de mitos!


Palmares, Mata Sul Pernambucana.
Início da noite.
Dia quente.
Na janela,
Sentindo o vento,
Vejo gente.
Nada novo diante da minha morada.

Gente que passa para as escolas noturnas.
Gente com pressa para jantar.
Gente com pressa sem ver a gente
Gente tão triste e outra muito contente!
E o vento morno trás o cheiro dessa gente:
Gente com cheiro de banho, perfumada;
Gente com cheiro de labuta, toda suada...
E mesmo sem ver nada de novo diferente,
Sempre surge algo a quebrar a monotonia
Inexistente no todo dinâmico jogo do viver,
Dessa gente teimando em cruel luta para se ter
A básica sobrevivência dessa Mata falida.

E ouço uma voz:
"- Boa noite, seu moço! Pode me dá uma ajuda? Qualquer coisa serve!"
Falo à minha mãe, "um pão, frutas para o camponês aflito!"
E enquanto resolve a esmola, um canto surpreende meu sentido:
"- Lá pros lado de Barreiros,
Lá na Usina Cucau,
O Coronel José Múcio,
Mandou pintar
Todos os caminhão de azul!..."
E com um riso de agradecimento pela comida,
O barbudo trabalhador desempregado continua:
"- Eu que compus esta música. É pra brincar de guerreiro. Eu canto e danço. Gosto muito de brincar de guerreiro. Em todo lugar que tem, eu brinco de guerreiro."
E continuou cantando, enquanto andava:
"- Lá pros lado de Barreiros,
Lá na Usina Cucau,
O Coronel José Múcio,
Mandou pintar
Todos os caminhão de azul!...
Eu gosto de ser guerreiro! Eu Gosto de brincar de guerreiro!"

Onde os Reisados e Guerreiros,
Onde os caboclinhos,
Onde os Maracatús Rurais,
Da Zona da Mata Sul Pernambucana?
Onde as tradições de Palmares,
Antes rica e hoje pobre com tanta cana?

E na cultura, -voz dessa gente,
Há tanta coisa a ver deprimente:
- Os maracatus foram sufocados!
- Os caboclinhos estão acabados!
- Os guerreiros estão esfomeados!
- Os pastoris foram escanteados!
- Os Reisados foram descoroados!

Um camponês dançarino:
Um poeta brincante,
Esmolando, errante,
Com uma família, retrato da fome,
Bem ali, do outro lado da rua onde resido,
Na calçada, perto da esquina da Funerária Humanitária,
Tendo como trilha sonora
O som do apito da Usina Vitória,
Fumegando o lucro do usineiro,
Soprando fuligem nos ares que nos sufoca,
Vomitando vinhoto no Rio Una sofrido.
Ai meu Deus! Tanta coisa sem sentido!
E eu poeta, a soluçar em verso
Pelo que o povo é avesso,
Sem ver o rio que chora cego
Pela vinhaça ou vinhoto;
Sem ver que a Historia é repetida,
Mesmo sendo personagem um outro
Que pintou postes, meios-fios
E canteiros das praças,
Com o mesmo azul de cemitério
Dos caminhões da Usina Cucaú.
Não é brincadeira, falo sério!

O Guerreiro poeta pode ser preso, acusado de bandido
Por estar esfarrapado pelas calçadas.
Mas quem não cuida do meio ambiente, fica impune
E recebe títulos de benfeitor social e é escolhido candidato,
Junto com o outro que é coronelista e truculento de fato,
Aplaudido pelo povo que ele chamou de poeira.
Assim vive toda essa gente sem eira nem beira,
Robotizada pelo marketing depredador do entendimento,
Devido à falta de aculturação e educação;
Vitima de um Sistema cruel, depredador das tradições e patrimônio cultural.
Em nenhum outro lugar do mundo, nunca vi barbaridade e absurdo igual!

Terra de clãs temidos,
Famílias patriarcais.
Monarcas resquícios,
Coronéis de terras hereditárias:
Paranhos, Paiva, Miranda Maciel...
E outros brasões, poucos tantos mais,
Construtores das lendas senhoriais.

Hoje, a queda dos brasões
Cedeu lugar aos emergentes
E clãs formados por outras gentes
Vindas de outras terras agrestes,
Em busca da doçura do açúcar da Mata
E do clima de transição entre litoral e agreste
Para aqui também impor nova Lei inconteste
Sobre povo iludido, submisso da terra ingrata.

Se os Paranhos deixaram a terra e quiseram metrópoles,
Surgiu novo clã de família de camponeses a crescer:
Hoje, os Almeida Melo lideram o Império do Açúcar,
Das estivas dos maiores armazéns e até postos de combustíveis.
A esperteza, supera tradição de intelectualidade em todos os níveis.
Eita! Terra dos Poetas escanteados ou nos auto-exílios!
Do sepultado tradicional Clube Literário, em todo Brasil respeitado;
Hoje, cidade primeiro lugar nas estatísticas de violência do nosso Estado!

Sempre no quadro sócio-político se prova,
Pelo que o mando do poder econômico aprova.
E cada clã enriquecido, entra na luta infame
Da refrega sócio-politiqueira, crescente a cada instante
Pelo poder do mando e da manipulação das massas;
Como gado bovino, levadas ao abatedouro eleitoral.

É terra para gente de outras terras
E apenas poucos filhos dela, nela cresce.
Pela aculturação juvenil não se investe,
Os jovens são atraídos pela migração.
Ignorância leva à auto-punitiva maldição.
Sem espaços para bairrismos,
É um povo cujas esperanças
Não conhece xenofobismos:
Acolhendo, de braços abertos e supervalorizando
Quem aqui chega, com falsas palavras discursando.
Dando grandes espaços para alienígenas,
Fraudadores de mitos e falsas promessas.
E até em Japaranduba, da Família Paranhos,
Uma das terras mais temidas,
Vimos dependências da Rádio Quilombo
Fácil e rapidamente invadidas.
Mostrando que atualmente quem manda
É o clã dos Magalhães Lyra.

Solidariedade deixou de existir,
A não ser para quem a grana suprir
E mandar no ritmo da festa.
Que na rua, só para isso o povo presta
E ainda comemora no Bloco da Poeira,
Por ter sido comparado ao que é sujo,
Nojento e investe em toda porqueira!
Tudo gira em torno dos clãs senhoriais,
Das famílias Magalhães Lyra,
Coutinho e Almeida Melo;
Circulo vicioso, cruel pesadelo!
Cada um defendendo teóricos ideais,
Pelo poder do mando governamental,
Investindo em marketing fenomenal,
Na maquiagem dos nomes dos líderes
Que o povo espera seguir e resolver
Problemas do desemprego e da fome.
Tudo isso, desaculturação é o nome!

Época da volta de truculência coronelista,
Trucidamentos das tradições e do patrimônio cultural.
Poder econômico, a propaganda enganosa,
Falsos discursos prometendo ilusões;
Na usurpação do poder, nepotismo e plutocracia implantada,
Cujas armas é a calúnia,
O vilipêndio e a injúria.
Pisam nas Leis e compram frágeis lideranças
Entregues ao medo e à subordinação.
Não há espaço para quem cria e livre pensa.
E quem teima e a teimosa resistência intenta
É ridicularizado e discriminado
E pela corja servil acusado
De louco ou infame agitador.
E até meu verso de amor
É traduzido como subversor,
Mesmo sem fitas colorizadas
Pelas tendências ou facções partidárias políticas.
Mas vivo livre em consciência fiel às lutas artísticas!
© Jaorish Gomes Teles da Silva
Do livro QUIXOTESCÂNTICO

Palmares, 8 e 9 de março de 2006.
*
Comemorando o 130º Aniversário de Emancipação Política do Município dos Palmares - PE.
*

* Heranças de Rebeldia Quilombola



Quero gritar no meio da Mata,
Quero cantar no meio da praça!
Quero dizer sempre na hora exata
O que meu coração sente forte,
Até chegar o exalar da morte
Que num poeta não é concreto,
Pois a imortalidade em poesia
Faz-me eterno por divina magia.


Com o meu mais ferrenho desejo em verso,
Imprimo, na cega sociedade, minha nobre rebeldia
Herdada de guerreiros quilombolas
Desta terra de índios e negros rebelados;
Poucos citados nas fontes escassas da historiografia.
Sou artista, preciso marcar época e contar.
O que a tradição me repassa, versifico.
Através da Arte, o brado do meu povo é eterno.


Mas meu verso é justo e aqui concretizo
Os porquês de ser por meu povo bem quisto:
Canto embolada, xote, baião coco de roda, Aboio, loas de maracatu e reisado.
Faço se possível a maior presepada,
Mas não deixo minhas raízes culturais,
Nem quero nossa História desprezada,
Nem canto modas colonizadoras banais.

Defendo minha terra palmarina com afinco.
Escute com atenção porque eu não minto:
Sou filho da região onde a cana tombou palmeirais
Que inspiraram os negros rebeldes que unidos aos índios,
Lutaram contra os desmandos colonizadores senhoriais.
Assim foi o Quilombo dos Palmares por quase um Século,
Lugar de igualdade e fraternidade, resistência aos ímpios,
República de rebeldes em meio à Colônia de Monarquias.



Os canhões de Domingos Jorge Velho, derrubaram cercas,
Destruíram muros e vidas dos valorosos quilombolas amotinados.
Um grande crime aos Direitos Humanos, incalculáveis perdas
Num genocídio sem igual contra índios, negros e brancos rebelados.
Mas não conseguiram destruir os herdeiros dos negros enfezados,
Nem calar um ideal de liberdade expresso em canções e danças
Das nossas expressões populares, mantenedoras das esperanças
Do nosso povo brincante, na cultura mais diversificada do mundo.


O território conquistado pelos palmarinos,
Desde o Cabo de Santo Agostinho até o Rio São Francisco
Uma República com senso organizacional nunca antes visto.
Após aquele grande genocídio, as terras foram divididas.
Entre os soldados, burgueses e fidalgos, foram distribuídas.
E minha Cidade, sofreu impasses de comandos de coronéis e barões,
Teve nomes diversos, escolhidos pelos gostos de donos dos brasões,
Ao som dos badalos dos beatíficos sinos.


A Família dos Montes adquiriu a sesmaria
e nomeou o lugar com empáfia: Povoado dos Montes,
num jogo de cintura clerical para não milindrar.
E até para o culto da Santa Virgem Maria
Teve que ser a Nossa Senhora da Conceição dos Montes,
Não pelos montes que circundam o lugar, Mas pela família que ganhou a posse das terras,
Embora a Santa foi cultuada pelos quilombolas.


Há um incidente durante a Revolução Praieira,
Alguns casos engraçados sem eira nem beira,
Da passagem de Pedro Ivo e soldados atolados,
Num lamaçal, onde um corneteiro perdeu uma trombeta.
E o povo rebelde para se ver livre do nome da Família herdeira,
Aproveitou-se do fato e renomeou o povoado de Trombetas.
E sob a inspiração do rio poético, veio o Povoado do Una,
Em pleno surgimento do Clube Literário de marca profunda.

Tem a fase do implante do Escritório da Great Western,
Pelos idos de oitocentos e sessenta e dois, do for all
Entendido por forró pelos matutos cabras da peste.
Aqui ficou implantada a Estação Ferroviária do Una
Que prenunciava um movimento de revolta geral,
Instigada pelos poetas organizados, rebelados, em suma,
Chegando a conseguir o Distrito em oitocentos e sessenta e oito,
Mas os moradores do Vale do Una tinha algo muito mais afoito.

Lideranças queriam mais, e em oitocentos e setente e três,

sendo quinze anos antes da Abolição da Escravatura,

o nome proibido dos Palmares foi defendido mais uma vez

e foi criado o Município Autônomo dos Palmares.
Eis que a História é reconquistada com grande ventura.
Mas somente após seis anos de lutas dos escritores,
Aos nove de junho, em oitocentos e setente e nove,
Palmares foi Município emancipado, com foros de Cidade.



Em minhas veias circulam heranças de Cultura e Grandeza,
E como cantador e poeta, mato a cobra e mostro o pau,
Me arreto, dou cambalhotas, gingo capoeira e viro a mesa
Mas não arredo o pé do meu lugar, eu luto por minha terra
Como os poetas lutaram pelo nome da Cidade ser honrado
Novamente com o nome batizado pelo africano amotinado
e hoje ser conhecida como a tradicional Terra dos Poetas.
Palmares, eu te amo pelo valor cultural e lutas que encerras.


Palmares, 11 de agosto de 2005.
© Jaorish Gomes Teles da Silva



Do livro QUIXOTESCÂNTICO
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Comemorando o 130º Aniversário de Emancipação Política do Município dos Palmares - PE.
Bandeira Municipal dos Palmares
Escudo de Armas do Município dos Palmares (autor: Telles Júnior)
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segunda-feira, 18 de maio de 2009

* Manuel Bandeira homenageado no 7º FLIP


Os organizadores da Festa Literária Internacional de Parati (Flip) divulgaram nesta quinta-feira a programação da sétima edição do evento, que vai homenagear o poeta Manuel Bandeira. A Flip deste ano conta com a participação de 35 autores reunidos em 18 mesas. Um dos convidados é o jornalista americano Gay Talese, autor de A Mulher do Próximo. O evento acontece entre os dias 1º e 5 de julho.
Também participarão do evento o escritor português António Lobo Antunes, a ganhadora do Booker Prize de 2007, a irlandesa Anne Enright e o americano Tobias Wolff, um dos principais contistas da atualidade. A Flip vai tratar pela primeira vez de assuntos como ciência e artes. Para isso, foram convidados o biólogo inglês Richard Dawkins e a artista francesa Sophie Calle.
Estarão presentes também os autores brasileiros Chico Buarque e Cristóvão Tezza, autores de Leite Derramado e Trapo, respectivamente. A ala brasileira conta também com o cineasta Domingos de Oliveira, diretor de Todas as mulheres do mundo e Separações e o escritor Milton Hatoum de Relator de um certo Oriente e A cidade ilhada.Os ingressos começam a ser vendidos a partir do dia 1º de junho pela
internet, pelo telefone 4003-1212 e nos pontos-de-venda da Ingresso Rápido. A partir de 1º de julho a venda será feita somente na bilheteria da Flip, em Parati.
As informações sobre os escritores convidados e autores homenageados, além da programação e agenda de eventos serão divulgados no
blog da Flip, no canal do evento no YouTube e no Twitter.


LINKS RELACIONADOS
• Em VEJA de 20/7/2005 As falsas revelações da festa de Parati






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* Exposição em Portugal do Cordel Brasileiro



Fonte: Site Jornalismo Porto Net - Portugal


Colecção de folhetos da literatura de cordel ficará exposta até finais de Junho. O coleccionador, Arnaldo Saraiva, diz que os cordéis são uma forma de "conhecer a criatividade e a imaginação do povo brasileiro".
Cerca de 320 folhetos de cordel brasileiro compõem a colecção exposta no espaço de leitura da Biblioteca Almeida Garret. A colecção pertence a Arnaldo Saraiva, professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que há quase 50 anos, começou a coleccionar “por gosto, sem a pretensão de chegar a ter a enorme colecção" que hoje existe.
“O que mais me chama atenção é a criatividade dos poetas populares brasileiros, que imaginam, por exemplo, Deus no divã de Freud ou viagem fantásticas, como ao país da utopia e da imortalidade. Por outro lado, existe a qualidade do cómico, que pode ser ingénuo, mas extremamente eficaz”, afirma o docente.
A literatura de cordel brasileira nasce sobre modelos portugueses levados pelos colonizadores, ainda no século XVI. Dois séculos depois, começam a ser impressos folhetos rústicos, que eram pendurados em cordas ou cordéis e vendidos em feiras e praças.
“O cordel brasileiro e o cordel português possuem estruturas muito parecidas, inclusive pelo fundo crítico ou jocoso dos cordéis. A grande diferença é que no Brasil, o cordel em prosa é quase inexistente”, afirma Arnaldo Saraiva.
O docente explica ainda que “o cordel acabará mais dia ou menos dia”. “O modelo original é de uma literatura feita de poetas populares para gente popular, que envolve pessoas pouco alfabetizadas”, afirma.
“O cordel tende a ser feita por pessoas cultas, mas aí já é outro cordel. Além disso, hoje há outras formas de comunicação impressa ou mesmo verbal, como pelo computador ou pelo telemóvel”, explica Arnaldo Saraiva. “O modelo tem os dias contados, mas isso não quer dizer que a influência do cordel não perdure e a qualidade desses folhetos não seja reconhecida no futuro”, completa.
A colecção vai ficar exposta até final de Junho. Segundo a coordenadora da Biblioteca Almeida Garret, Maria João Sampaio, “a biblioteca tem o espaço aberto a qualquer pessoa que tenha uma colecção interessante e que queira compartilhar conhecimento com tantas outras pessoas que passam diariamente por aqui".

* Inscrições para o Prêmio SESC de Literatura 2009

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura 2009. O concurso pretende premiar textos inéditos, escritos em língua portuguesa, por autores brasileiros. Cada participante que não poderá ter nenhum livro publicado deve participar com apenas uma obra inédita.
O concurso é dividido em duas categorias: contos e romances. As inscrições já começaram e podem ser feitas até 30 de setembro.
O vencedor de cada categoria terá sua obra publicada e distribuída pela editora Record, cabendo o direito a 10% do valor de capa na comercialização em livrarias, além de distribuição na rede de bibliotecas do Sesc no País e outros espaços culturais. As inscrições podem ser feitas no Sesc Arsenal.
O lançamento dos livros dos vencedores da última edição está previsto para julho deste ano, na Academia Brasileira de Letras, e em seguida os novos escritores iniciam circuito de lançamentos e eventos especiais de literatura do SESC por todo o país, como as Feiras de Livros, Cafés Literários e as Jornadas Literárias.
A Editora Record já iniciou a preparação dos originais - cada título terá 4 mil exemplares, que serão comercializados e distribuídos também à rede de bibliotecas do SESC em todo o país.
"O momento mágico", de Márcio Ribeiro Leite que relata sobre a solidão. A partir da reflexão de um homem de 88 anos que deseja a morte, mas não é contemplado com ela. Ao analisar seu passado, o personagem fica ainda mais deprimido e procura então provar a si mesmo que ainda está vivo. Márcio Ribeiro Leite é médico e psicoteraupeta, o baiano Márcio Ribeiro Leite usou seus trabalhos clínicos e observação de idosos como inspiração para o romance O momento mágico, escrito em dois meses. Bastante ligado a família, o autor de 51 anos se declara um escritor intimista e garante que, após a premiação, vai se dedicar mais a carreira literária.
Também em 2008 "Mentiras do Rio", de Sergio Leo de Almeida Pereira que conta sobre os dois lados da vida na cidade do Rio de Janeiro: o cotidiano de um lugar bonito com pessoas interessantes, e a tensão da violência do mesmo dia a dia. Sergio Leo de Almeida Pereira nasceu no Rio de Janeiro, em 1963, Sergio Leo é jornalista desde 1983, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e especialista em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília. Escreveu Mentiras do Rio a partir de experiências pessoais e profissionais da época em que viveu no Rio de Janeiro. Atualmente, mora em Brasília e trabalha como repórter especial e colunista do Valor.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (65) 3616 6911

* 1º Festival Literário Internacional do Litoral Norte de Pernambuco

Atendendo convite do jornalista Carlos Cavalcante, secretário-geral do FLINORTE, a ALANE-PB participará do 1º Festival Literário Internacional do Litoral Norte de Pernambuco, que se realizará na orla marítima da cidade de Paulista, no Grande Recife, no período de 24 a 27 de setembro, na condição de entidade parceira e convidada especial.

* Geraldo Ferraz toma posse na Academia de Letras de Gravatá

Em solenidade programada para o dia 30 de maio, o escritor Geraldo Ferraz, vice-presidente da UBE e coordenador do projeto 'Quarta às Quatro, será empossado na cadeira nº 09 da Academia de Letras e Artes de Gravatá.

* III Festival Internacional de Línguas e Literaturas Neolatinas

Entre 15 e 18 de Setembro, o Recife será movimentado pelo III Festival Internacional de Línguas e Literatura Neolatinas (Festlatino), cujo objetivo é valorizar as literaturas dos países de língua neolatina.

* Academia Pernambucana de Letras homenageia memória de Pinto Ferreira


Na 2ª feira passada, dia 11 de maio, a Academia Pernambucana de Letras realizou sessão especial em homenagem ao jurista Pinto Ferreira, que recentemente concluiu a jornada entre nós e partiu para a eternidade. Na ocasião, além dos acadêmicos Abdias Moura e Manoel Neto Teixeira, da Academia de Letras de Olinda, falaram os acadêmicos Antônio Campos e Frederico Pernambucano de Melo e os presidentes Alexandre Santos, da UBE, e Jaime Asfora, da OAB.

* Prefeitura do Recife desrespeita escritores!


TV Universitária repercute luta da UBE pelo terreno dos escritores pernambucanos

Na 2ª feira passada, dia 11 de maio, em gravação para a TV Universitária, o escritor Alexandre Santos, presidente da UBE, afirmou que a doação do terreno da UBE pela prefeitura para a CPRH não é uma questão jurídica e, sim, uma questão política. "Ao doar o terreno da UBE para a CPRH, o ex-prefeito João Paulo manifestou descaso com os escritores. Não adianta, agora, seus simpatizantes evocarem filigranas jurídicas para justificarem o ato. O que está claro é o desrespeito aos escritores e, por extensão, a cultura pernambucana", afirmou o presidente da UBE.

Escritores se manifestam no Blog 'Acerto de Contas'

Ainda repercute a matéria 'A lambança de JPLS com a UBE' publicada pelo blog 'Acerto de Contas' em 08 de maio sobre a agressão da prefeitura do Recife contra os escritores pernambucanos. Desde então, o blog, que, na ocasião, declarou apoio a luta pela preservação do patrimônio da UBE, vem sendo visitado por escritores de todo o estado. Muitos deles deixaram mensagens de apoio a luta pela preservação do patrimônio dos escritores. Clique aqui e leia a matéria completa. Ao final da matéria, na parte mais baixa da barra de rolagem, há um espaço para opiniões.

ESCÁRNIO COM A CULTURA PERNAMBUCANA

CPRH mantém lixo no terreno dos escritores pernambucanos
Desde 04 de maio, a CPRH vem usando o terreno dos escritores pernambucanos como lixeira de veículos semi-destruídos, que são usados para bloquear o acesso da sede ao estacionamento.
Diretoria acompanha luta pela preservação do patrimônio dos escritores pernambucanos
Na 3ª feira passada, dia 12 de maio, em comunicado por ocasião da reunião mensal da diretoria da UBE, o escritor Alexandre Santos apresentou relatório sobre o estágio da luta para preservação do patrimônio do escritores pernambucanos. A diretoria da UBE aprovou a intensificação dos esforços com vistas ao restabelecimento do terreno da UBE.
Israel Guerra assume patrocínio da causa em defesa do terreno dos escritores pernambucanos
Na próxima 4ª feira, dia 20 de maio, o jurista Israel Guerra vai apresentar a peça que produziu para defender o interesse dos escritores pernambucanos, na rua de Santana, em Casa Forte.
Curtinha
O acadêmico Waldênio Porto está entre os escritores pernambucanos que firmaram lista de apoio a luta da UBE pela preservação do patrimônio dos escritores pernambucanos.
UBE precisa do apoio da sociedade para preservar o patrimônio dos escritores pernambucanos
A UBE conclama o apoio da sociedade para preservar o patrimônio dos escritores pernambucanos. Todos podem ajudar: comentando o assunto, manifestando publicamente o apoio ao nosso esforço, etc. Os advogados que quiserem se engajar podem se manifestar pelo fone (81) 9975-7364 ou pelos e-mails alexandresantos@br.inter.net ou ube@hotmail.com.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

* Cora Coralina envia poema através de psicografia!




Amor demais

Porque sou assim, Jesus
Ter amor demais, mesmo por aquele que não é capaz de merecê-lo.

A noite chega
O dia amanhece
Os pássaros cantam
O novo dia alvorece
Só o meu coração não te esquece


Levanto trilho meus passos
Termino meu regaço
Volto me recolho e me agasalho
Mais meu amor por ti sobrevive sem cansaço

Meus olhos se voltam para o céu
Pedindo e rogando a tua volta

Mas o tempo me castiga me enrijece
Sei que meu amor por ti prevalece
Sem morrer um só instante

E meu coração se aquece desse infinito amor
Que em mim permanece

Psicografia A. Sabino /espírito Cora Coralina

domingo, 10 de maio de 2009

* Governo Federal criando Bibliotecas Públicas!

Bibliotecas Públicas
Seu município ainda não possui biblioteca pública? Entre em contato conosco para saber como adquirir esse equipamento cultural.Santino Cavalcanti: (81) 3224.0561 / santino.cavalcanti@gmail.com.Conheça e assine o boletim do Programa Nacional do Livro e Leitura: boletim@pnll.gov.br/.
Conheça o Programa Mais Cultura (PAC Social):
http://www.cultura.gov.br/site/2008/07/11/mais-cultura-para-o-brasil-e-o-povo-brasileiro-5/

* 11 a 15 de maio, capacitação de Coordenadores de Bibliotecas Públicas

No período de 11 a 15 de maio, o Sistema de Bibliotecas Públicas de Pernambuco inicia a capacitação de Coordenadores de Bibliotecas Municipais, com o objetivo de orientar e dinamizar estes espaços, padronizando a estrutura técnica de ações culturais nos serviços prestados. O projeto é denominado Bibliotecar: Inovando Conceitos em Bibliotecas e está dividido em dois módulos, técnico e cultural. A iniciativa faz parte do programa Livro Aberto, desenvolvido pelo Ministério da Cultura (Minc) em parceria com a Fundação Biblioteca Nacional (FBN). O programa irá contemplar cerca de 30 municípios de todas as regiões do estado. A ação será realizada no ambito estadual por meio da Secretaria de Educação, Biblioteca Pública de Pernambuco e o Sistema de Bibliotecas Públicas de Pernambuco - SBPE.
Outras informações: (81) 3181-2646 ou sbm@educacao.pe.gov.br/.

* PRÊMIO VIVA LEITURA - inscrições até dia 24 de Julho

Com o objetivo de fomentar a leitura e reconhecer as boas práticas que acontecem em todo o Brasil nessa área, os Ministérios da Cultura (MinC), da Educação (MEC) e da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a educação, a Ciência e a Cultura (OEI), abrem as inscrições para a quarta edição do Prêmio Viva Leitura. O Prêmio é de abrangência nacional e tem o objetivo de fomentar a leitura e também reconhecer as boas práticas que acontecem em todo o Brasil nessa área. É dividido em três categorias: Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias; Escolas Públicas e Privadas; e Sociedade (empresas públicas e privadas, ONGs, pessoas físicas, universidades e instituições sociais). Cada um dos três vencedores (um em cada categoria) vai receber R$ 30 mil , além de diploma e troféu. As inscrições seguem até 24 de julho.
Outras informações: www.cultura.gov.br/ .

* I Prêmio Sepé Tiaraju de Poesia - inscrições até dia 31 de Agosto

A revista cultural Oca das Letras está lançando o I Prêmio Sepé Tiaraju de Poesia Ibero-Americana – 2009. As inscrições são gratuitas e estão abertas até 31 de agosto, por meio da página www.ocadasletras.com.br/ . O prêmio contempla poesias concebidas nas línguas portuguesa, espanhola e Guarani. Os trabalhos contemplados farão parte de uma antologia poética contendo três poemas de cada um dos 20 primeiros colocados. Também será publicado um livro do autor vencedor. Os concorrentes poderão participar com três poesias, cada uma limitada a 25 linhas de 60 caracteres. As obras inscritas deverão ser inéditas e não podem ter sido premiadas em outro concurso de poesia.
Outras informações na página da revista:
www.ocadasletras.com.br/ .

* O que é Palíndromo? E Tautologia?

Você sabe o que é um palíndromo?

NÃO?!
QUE ABSURDO!!!
Palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita ou ao contrário.
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR.
O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil deconseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido: SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.
Diante do interesse pelo assunto (confesse, você leu a frase de trás pra frente), tomámos a liberdade deseleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões...
Se você souber de algum, acrescente e passe adiante:
- ANOTARAM A DATA DA MARATONA
- ASSIM A AIA IA A MISSA
- A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA
- A DROGA DA GORDA
- A MALA NADA NA LAMA
- A TORRE DA DERROTA
- LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL
- O CÉU SUECO
- O GALO AMA O LAGO
- O LOBO AMA O BOLO
- O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO- RIR, O BREVE VERBO RIR
- A CARA RAJADA DA JARARACA
- SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
- ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ
PROFUUUUUUNDO!ISSO É QUE É CULTURA!!!!
E agora:Você sabe o que é Tautologia?
É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma idéia, de maneiraviciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como você pode verna lista a seguir:
- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclus ive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito.
Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.

Fernando A. Andrade (fernandoantoniodeandrade@hotmail.com)


sexta-feira, 8 de maio de 2009

* Nas livrarias, livro psicografado por Dom Helder Câmara!

Dom Hélder Câmara se manifesta espiritualmente
LIVRO - “NOVAS UTOPIAS”



Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito de Dom Hélder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1999 em Recife, Pernambuco.
É do conhecimento geral, principalmente dos católicos brasileiros: Dom Hélder Câmara foi um dos fundadores da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro, cuja luta, nesse processo político da nossa história, o notabilizou no mundo todo, como uma das figuras mais expressivas do século XX, na defesa dos fracos contra a tirania dos fortes e dos pobres contra a usura dos ricos. Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não-violência.
Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz. Em 1969 - Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Saint Louis, Estados Unidos. Este mesmo título foi-lhe conferido por diversas universidades brasileiras e estrangeiras: Bélgica, Suíça, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá e Estados Unidos.
Foi intitulado cidadão honorário de 28 cidades brasileiras e da cidade de São Nicolau, na Suiça e Rocamadour, na França. Recebeu o prêmio Martin Luther King, nos EUA e o prêmio Popular da Paz, na Noruega e diversos outros prêmios internacionais.
Por isso, o livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Hélder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões.
Marcelo Barros secretariou Dom Hélder Câmara no período de 1966 a 1975 e tem 30 livros publicados. Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Hélder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano.
É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Hélder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento. No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados à Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, consequentemente, à todos os filhos de Deus.
A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.


Na entrevista com Dom Hélder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:


- Dom Hélder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?

- Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.

- Do outro lado da vida, o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?

- Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.

- Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?

- Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.

- Como é sua rotina de trabalho?

- A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.

- Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?
- Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo..

- O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos centros espíritas?

- Não.Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente.
Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.

- O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?

- Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.

Mediunidade

- Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?

- Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.

- Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?

- Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande problema de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.

- Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?

- Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade. Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatar suas impressões da vida espiritual.

- Por que Dom Hélder é quem está escrevendo?

- Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, sentir a necessidade de me expressar por um médium, quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.

- Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país?

- Sim. E não são poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física.. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.

- Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?

- Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.

- O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?

- Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.

- É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?

- Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma consequência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.

Igreja

- Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?

- Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente têm um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.

- Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?

- Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano.. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau.
Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.

- O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?

- Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.

- Espíritas no futuro?

- Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos à nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.

- Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?

- Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades.
Então, dizer um nome ou de outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.

Amor

- Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora depois da morte?

- Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.

- Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?

- Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós, não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto,
a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.

- Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?

- Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor. Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar.


Livro: Novas Utopias

Autor: Dom Hélder Câmara (espírito)

Médium: Carlos Pereira

Editora: Dufaux
Saiba mais sobre reencarnação, vendo o clipe abaixo, sobre um caso incrível ocorrido nos Estados Unidos:

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

* Mexicano José Emílio Pacheco ganha Prémio Reina Sofia de Poesia

O escritor mexicano José Emílio Pacheco foi galardoado com a edição XVIII do Prémio Reina Sofia de Poesia Ibero-americano, dado hoje a conhecer no Palácio Real (Madrid) e que reconhece o conjunto da obra de um autor vivo.e
O galardão, no valor de 42.100 euros, é promovido conjuntamente pelo Património Nacional e pela Universidade de Salamanca, com o objectivo de reconhecer um contributo literário relevante para o património cultural comum ibero-americano.
Instituições académicas, universitárias e culturais de Espanha, Portugal, Estados Unidos, Brasil e dos vários países de língua espanhola apresentam candidaturas ao prémio, considerado um dos mais prestigiados do género no espaço ibero-americano.

* O evangelho de Barrabás lançado nesta quinta, dia 7


O novo romance do escritor paulista Roberto Tolero já está pronto. Por enquanto, o nome do livro está definido e se chamará O evangelho de Barrabás. Quando voltar da editora, no entanto, esse título poderá ser modificado. A única certeza até o momento é de que a 17ª obra de Tolero (sendo o 5ª romance) sairá em outubro pela editora Objetiva. Antes, porém, ele conversa com a plateia do bate-papo literário promovido pelo Açougue Cultural T- Boné. O evento começa as 19h30 desta quinta, na comercial da 312 norte.

“A conversa vai de acordo com o interesse do público, mas a literatura será o foco principal da noite”, avisa Tolero. Ele, no entanto, não descarta que o cinema e a televisão entrem no bate-papo. Mas o autor – em parceria com Paulo Halm – do roteiro do filme Pequeno Dicionário Amoroso e da série televisiva Retrato Falado deixa claro: no momento, está mais pra literatura.

Quando perguntado sobre o novo livro, Roberto explica: “Contar a história é sempre muito pobre, não vale a pena. Sinopse dá azar”. Mesmo receoso ao falar sobre O evangelho de Barrabás, o escritor se mostra bastante empolgado com o encontro desta noite. “É bem divertido falar com o público, o escritor nunca tem esse tipo de contato. É interessante porque o autor fica sabendo o que pensa o leitor”, revela.

Apresentada pelo mímico Miquéias Paz, a Noite Cultural T-Bone temo como atração musical a banda local Mata Hari. Formado no final dos anos 1980 por Jimi Figueiredo (guitarra e letras), Nelson Guimarães (bateria), Nelson Souza (baixo), Sylvio J. (guitarra) e Verônica Carriço (voz), o grupo tocou em vários festivais pelo país. Em 2000, eles deram um tempo dos palcos. O retorno aconteceu em 2007, com a mesma formação inicial. Nesta noite, o formato adotado para a apresentação será acústico. Além de composições autorais – como Febre e Medusa, a banda inclui no repertório canções de Portishead (Glory box) e Velvet Underground (Sunday morning).

sábado, 7 de março de 2009

* Poeta cantor palmarense homenageia as mulheres!




O compositor e cantor Serginho Munganga compôs um poema em homenagem às mulheres, no seu dia:

MULHER...
TENS SETE SENTIDOS
SETE CHAVES DE PODER



MULHER...MÍSTICA FLOR, PÉTALA SERENA
SEIVA SUAVE DE UMA ÁRVORE SUPREMA
INDECIFRÁVEL



MULHER...
FORÇA FELINA E MANHAS
A MULHER FRÁGIL E PODEROSA
SOBRETUDO



MULHER...
UM SOPRO DE VIDA NO MUNDO
ALMA DO SONHO E DA DOR
ÉS ASSIM QUASE PERFEITA
PERFEITA DÁDIVA DO CRIADOR...




FELIZ DIA DAS MULHERES...