Fonte: Site Jornalismo Porto Net - Portugal
Colecção de folhetos da literatura de cordel ficará exposta até finais de Junho. O coleccionador, Arnaldo Saraiva, diz que os cordéis são uma forma de "conhecer a criatividade e a imaginação do povo brasileiro".
Cerca de 320 folhetos de cordel brasileiro compõem a colecção exposta no espaço de leitura da Biblioteca Almeida Garret. A colecção pertence a Arnaldo Saraiva, professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que há quase 50 anos, começou a coleccionar “por gosto, sem a pretensão de chegar a ter a enorme colecção" que hoje existe.
“O que mais me chama atenção é a criatividade dos poetas populares brasileiros, que imaginam, por exemplo, Deus no divã de Freud ou viagem fantásticas, como ao país da utopia e da imortalidade. Por outro lado, existe a qualidade do cómico, que pode ser ingénuo, mas extremamente eficaz”, afirma o docente.
A literatura de cordel brasileira nasce sobre modelos portugueses levados pelos colonizadores, ainda no século XVI. Dois séculos depois, começam a ser impressos folhetos rústicos, que eram pendurados em cordas ou cordéis e vendidos em feiras e praças.
“O cordel brasileiro e o cordel português possuem estruturas muito parecidas, inclusive pelo fundo crítico ou jocoso dos cordéis. A grande diferença é que no Brasil, o cordel em prosa é quase inexistente”, afirma Arnaldo Saraiva.
O docente explica ainda que “o cordel acabará mais dia ou menos dia”. “O modelo original é de uma literatura feita de poetas populares para gente popular, que envolve pessoas pouco alfabetizadas”, afirma.
“O cordel tende a ser feita por pessoas cultas, mas aí já é outro cordel. Além disso, hoje há outras formas de comunicação impressa ou mesmo verbal, como pelo computador ou pelo telemóvel”, explica Arnaldo Saraiva. “O modelo tem os dias contados, mas isso não quer dizer que a influência do cordel não perdure e a qualidade desses folhetos não seja reconhecida no futuro”, completa.
A colecção vai ficar exposta até final de Junho. Segundo a coordenadora da Biblioteca Almeida Garret, Maria João Sampaio, “a biblioteca tem o espaço aberto a qualquer pessoa que tenha uma colecção interessante e que queira compartilhar conhecimento com tantas outras pessoas que passam diariamente por aqui".
Cerca de 320 folhetos de cordel brasileiro compõem a colecção exposta no espaço de leitura da Biblioteca Almeida Garret. A colecção pertence a Arnaldo Saraiva, professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que há quase 50 anos, começou a coleccionar “por gosto, sem a pretensão de chegar a ter a enorme colecção" que hoje existe.
“O que mais me chama atenção é a criatividade dos poetas populares brasileiros, que imaginam, por exemplo, Deus no divã de Freud ou viagem fantásticas, como ao país da utopia e da imortalidade. Por outro lado, existe a qualidade do cómico, que pode ser ingénuo, mas extremamente eficaz”, afirma o docente.
A literatura de cordel brasileira nasce sobre modelos portugueses levados pelos colonizadores, ainda no século XVI. Dois séculos depois, começam a ser impressos folhetos rústicos, que eram pendurados em cordas ou cordéis e vendidos em feiras e praças.
“O cordel brasileiro e o cordel português possuem estruturas muito parecidas, inclusive pelo fundo crítico ou jocoso dos cordéis. A grande diferença é que no Brasil, o cordel em prosa é quase inexistente”, afirma Arnaldo Saraiva.
O docente explica ainda que “o cordel acabará mais dia ou menos dia”. “O modelo original é de uma literatura feita de poetas populares para gente popular, que envolve pessoas pouco alfabetizadas”, afirma.
“O cordel tende a ser feita por pessoas cultas, mas aí já é outro cordel. Além disso, hoje há outras formas de comunicação impressa ou mesmo verbal, como pelo computador ou pelo telemóvel”, explica Arnaldo Saraiva. “O modelo tem os dias contados, mas isso não quer dizer que a influência do cordel não perdure e a qualidade desses folhetos não seja reconhecida no futuro”, completa.
A colecção vai ficar exposta até final de Junho. Segundo a coordenadora da Biblioteca Almeida Garret, Maria João Sampaio, “a biblioteca tem o espaço aberto a qualquer pessoa que tenha uma colecção interessante e que queira compartilhar conhecimento com tantas outras pessoas que passam diariamente por aqui".
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