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O modelo de civilização brasileira pode ser tomado como exemplo na construção de um diálogo entre civilizações. A opinião é do superintendente-geral da Fundação Gilberto Freyre, que administra o legado do antropólogo, autor do clássico Casa Grande e Senzala. Durante uma visita recente à sede da ONU, em Nova York, Gilberto Freyre Neto afirmou que a obra do avô ainda é atual quando se fala de mais entendimento no que diz respeito aos povos e culturas.
A ONU apoia a iniciativa da Aliança das Civilizações, iniciada por Turquia e Espanha, para aproximar o Ocidente do Oriente.
Em entrevista à Rádio ONU, Gilberto Freyre Neto, observou que as heranças africana, europeia e indígena do Brasil, além da contribuição dos imigrantes nos últimos séculos são uma receita de sucesso na convivência entre diferentes povos.
“Essas diversidades, esses aglomeramentos sócio-culturais provocam diálogos com as origens geográficas de todos estes povos. Mas também com povos de origem africana, asiática. Então, você tem uma relação muito íntima de hábitos absorvidos pela população brasileira, que são muitas vezes de origem islâmica ou oriental. E é dentro desta grande mistura que Gilberto escreve boa parte de sua obra. Ele levanta estas considerações todas e oferta modelos de convivência muito pacífica entre estes atores”, ressaltou Freyre Neto.
Vinculada às Nações Unidas, a Aliança das Civilizações é dirigida pelo ex-presidente de Portugal, Jorge Sampaio.
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