(Marcelo Henrique)
No pasto orvalhado, repleto de vida,
...Na relva florida, de graça tamanha,
Em tudo eu pressinto a presença de Deus,
Tão vivo no adeus que o Sol dá à montanha.
Tão pleno no dia que nasce... e que morre...
Na fonte que escorre e que bênçãos encerra;
Na chuva bendita que traz, amiúde,
Mais água e saúde pros filhos da Terra!
Presente no brilho das monjas-estrelas...
E, ao vê-las, no céu, em total profusão,
Meus olhos marejam e a lágrima nasce:
De Deus, vejo a face no azul da amplidão!
É a luz de meu Pai refletida na Lua
Que, assim, se insinua, por trás de seu véu.
No altar do infinito, no templo celeste,
De nuvens se veste, flutuando no céu!
No brilho dos olhos, na luz de um sorriso,
No amparo preciso da mão que auxilia,
Na força que move e sustenta os planetas,
Nos tons violetas do parto do dia;
No doce torpor do rapé; no alimento;
No afago do vento, em contornos tão seus;
Na santa bebida ancestral, resgatada,
Em tudo, apurada, a presença de Deus!
Porque Deus é vida, é uma força infinita,
É a força que habita o fervor da oração,
Essência de tudo, que em tudo aparece,
Que invoco na prece do meu coração.
12-VII-11
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