Exame se faz necessário para descobrir se o escritor foi envenenado na ditadura de Augusto Pinochet
O juiz chileno Mario Carroza ordenou a realização de testes de DNA nos restos exumados do poeta Pablo Neruda para confirmar sua identificação, dentro de uma investigação para determinar se ele foi envenenado na ditadura de Augusto Pinochet.
Carroza solicitou ao Serviço Médico Legal a identificação científica dos restos exumados em 8 de abril passado, na casa de Pablo Neruda, na Isla Negra, com base no DNA de seus familiares mais próximos.
"Se o DNA não coincidir com o de seus familiares, estaremos em condições de confirmá-lo com amostras de seus pais, que se encontram enterrados no sul do país", disse o juiz aos jornalistas.
Pablo Neruda teve apenas uma filha de seu primeiro casamento, e ela faleceu aos nove anos, na Holanda, por hidrocefalia. Os parentes mais próximos que continuam vivos são seus sobrinhos.
Os restos mortais do poeta estão sendo submetidos paralelamente a exames toxicológicos na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e na Universidade de Múrcia, na Espanhaa.
Oficialmente, a morte de Neruda é atribuída ao agravamento de um câncer de próstata. Depois das recorrentes denúncias do ex-assistente pessoal Manuel Araya, de que o poeta pode ter sido envenenado, investiga-se se foi assassinado por agentes do regime Pinochet (1973 - 1990).
As primeiras perícias confirmaram que o poeta sofria de um câncer de próstata em estágio avançado, mas as análises toxicológicas ainda não foram concluídas.
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