terça-feira, 6 de agosto de 2013

* Festival internacional mistura arte e tecnologia em São Paulo


Mauren Ercolani/Fiesp
céu
São Paulo – Quem passa em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, depara-se com um enorme painel de LED interativo, no qual é possível alterar as imagens exibidas utilizando a própria voz, seja falando ou cantando. Trata-se do File LED Show – criação da dupla francesa 1024 Architecture – uma das principais atrações da 14ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), que ocorre até 1º de setembro.
A mostra tem cerca de 400 trabalhos de artistas do mundo todo, como conta Ricardo Barreto, um dos organizadores do File. “O evento é um cluster, um aninhamento de vários eventos. Tem animação, tem games, tem arte interativa, tem mídia arte, tem machinima [computação gráfica ou filmes produzidos com máquinas domésticas], ou seja, uma gama de repertórios”, disse.

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No edital do evento, aberto em caráter mundial, mais de mil trabalhos foram inscritos, mas nem todos puderam ser expostos devido ao limite de espaço e também por questões econômicas. “A maioria das obras exige muitas equipes para que ela possa surgir”, diz Ricardo. Ele explica que alguns trabalhos são enviados em CD, mas que é necessário ter pessoas cuidando dos computadores, dos projetores, da logística e de toda a estrutura. E completa dizendo que para expôr tudo o que gostaria, seria preciso um espaço três ou quatro vezes maior.
Uma das obras mais curiosas do File vem da dupla Hyunwoo Bang e Yunsil Heo, da Coreia do Sul. Cloud Pink é uma tela emborrachada colocada no teto de uma das galerias, e que reage ao toque humano formando uma nuvem lilás. Outra que chama a atenção é Balance From Within, um sofá que se equilibra em um só pé por meio de mecanismos robóticos, criação norte-americana de Jacob Tonski. Estas e outras obras podem ser vistas no Centro Cultural Ruth Cardoso da Fiesp, na Galeria de Arte do Serviço Social da Indústria (Sesi), e na Estação Trianon-Masp do metrô.
Ricardo Barreto acredita que o evento é importante para o Brasil e para a cidade de São Paulo porque a insere dentro do contexto de arte com tecnologia e mostra um viés que não existe em outros países. “Estamos em um bom lugar para a tecnologia. A tecnologia hoje é fundamental para a nossa vida”, diz.

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