sábado, 20 de julho de 2013

* 20 de Julho é o Dia do Amigo!

Dia do Amigo é uma data proposta para celebrar a amizade entre as pessoas. No BrasilUruguai e Argentina, a data mais difundida para esta celebração é 20 de julho, aniversário da chegada do homem a lua. Em 27 de abril de 2011, a Assembleia Geral das Nações Unidas resolveu convidar todos os países membros a celebrarem o Dia Internacional da Amizade em 30 de julho.
Durante o século XXI, foram criadas várias iniciativas para a celebração de um Dia da Amizade em distintas partes do Mundo. Nos Estados Unidos e em partes da Ásia divulgou-se o primeiro domingo de agosto como o dia de entrega de cartões e presentes entre amigos, e celebrações similares se formaram em distintos países da América do Sul e Europa em diferentes datas.
A iniciativa para o estabelecimento de um Dia do Amigo reconhecido internacionalmente teve como antecedente histórico a Cruzada Mundial da Amizade, que foi uma campanha em favor da valorização e realce da amizade entre os seres humanos, de forma a fomentar a cultura da paz. Foi idealizada pelo médico Ramón Artemio Bracho em Puerto Pinasco, Paraguai em 1958. A partir desta ideia, se fixou o 30 de julho como Dia da Amizade.
Na Argentina, a data foi criada pelo médico argentino Enrique Ernesto Febbraro. Com a chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, ele enviou cerca de quatro mil cartas para diversos países e idiomas com o intuito de instituir o Dia do Amigo. Febbraro considerava a chegada do homem a lua "um feito que demonstra que se o homem se unir com seus semelhantes, não há objetivos impossíveis"
No Brasil, apesar de não ser instituída por lei, o dia do amigo é também comemorado popularmente em 18 de abril. No entanto, o país também vem adotando a data de 20 de julho, sendo inclusive instituída oficialmente em alguns estados e municípios.



Na convivência social o vocábulo AMIGO é utilizado de forma exigente ou banalizada. Revoltas são grandes quando a hipocrisia, a falsidade dos seres humanos levam a deturpar essa palavra. Ser AMIGO é nobreza de carater. 
Aristóteles afirmou: "Ter muitos amigos é não ter nenhum". Em outro momento da vida dele, disse: "O que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos".
Cada momento se marca com pensamentos diante das atitudes e convivências sociais. Viver em sociedade envolve alegrias de afabilidades ou tristezas das decepções.
Há quem se diga "amigo" somente por interesses de benefícios ou para usar convivências com alguém para obter vantagens sociais. 
Quem é interesseiro e oportunista, somente fica ao nosso lado quando estamos bem de vida ou quando podemos facilitar alguns interesses. Quando não podemos mais atender às ansiedades dessas pessoas, elas se afastam.
Os verdadeiros amigos encontramos nos momentos mais difíceis.
Confúcio afirmou: "Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."
Numa visão hilária, o poeta Mário Quitana escreveu: "Há 2 espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e ... os amigos, que são os nossos chatos prediletos."
O mesmo poeta afirma sobre como devemos ter cuidados sobre o que devemos conversar com os "amigos": 
"DA DISCRIÇÃO
Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também..."

Confúcio é mais contundente: "O silêncio é um amigo que nunca trai."
Amizade, acima de tudo, envolve SOLIDARIEDADE. O verdadeiro amigo é solidário em todos os momentos difíceis e com quem podemos compartilhar nossas alegrias. Platão afirmou: "A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro."Amigos são difíceis de encontrar. Benjamin Franklin afirmou: "Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão...Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimo de poucos, amigo de um e inimigo de nenhum." Devemos buscar amizades em todos os lugares, e Francis Bacon afirmou categoricamente: "Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto."
Ninguém está solitário no mundo porque todos temos o maior amigo internamente, encontrado no deserto da meditação. O filósofo Sêneca disse: "Não te interesses sobre a quantidade, mas sim sobre a qualidade dos vossos amigos. Perguntas-me qual foi o meu progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo."
Feliz Dia dos Amigos neste 20 de julho!
Feliz estou ao ter muitos amigos. Principalmente aqui no Facebook há milhares que se identificam como meus amigos.
Amizade é um bem superior que se perpetua além vida terrena.
Amizade é energia fraternal divina.
Conservar amizade requer tolerância e compreensão para com os defeitos. O bom amigo conserva convivência acima das mágoas que são purificadas no diálogo afável. 
Conservar um amigo é exercício de espiritualidade e de cidadania.
Somos mais fortes quando estamos unidos. E a amizade é o vínculo sagrado em toda a construção social.
Não tenho tempo de contar se tenho inimigos. Se tenho desconheço. E se alguém se diz meu inimigo perde tempo porque existe o que reconhecemos. Não reconheço nenhum inimigo.
Se me reservam invejas, inimizades, fuchicos, não dou retorno. Afinal, cada pessoa dá o que tem e eu tenho Amor, Luz e Paz!

Beijos e abraços para todos os amigos e amigas!





quinta-feira, 18 de julho de 2013

* Frei Betto dá alguns recadinhos ao Papa Chico!

Boas vindas ao Papa Chico

Os jovens esperam da Igreja uma comunidade alegre, despojada, sem luxos e ostentações, capaz de refletir a face do Jovem de Nazaré, e na qual o amor encontre sempre a sua morada
18/07/2013
Frei Betto

Querido papa Francisco, o povo brasileiro o espera de braços e coração abertos. Graças à sua eleição, o papado adquire agora um rosto mais alegre.

O senhor incutiu em todos nós renovadas esperanças na Igreja Católica ao tomar atitudes mais próximas ao Evangelho de Jesus que às rubricas monárquicas predominantes no Vaticano: uma vez eleito, retornou pessoalmente ao hotel de três estrelas em que se hospedara em Roma, para pagar a conta; no Vaticano, decidiu morar na Casa Santa Marta, alojamento de hóspedes, e não na residência pontifícia, quase um palácio principesco; almoça no refeitório dos funcionários e não admite lugar marcado, variando de mesa e companhias a cada dia; mandou prender o padre diretor do banco do Vaticano, envolvido em falcatrua de 20 milhões de euros.

Em Lampedusa, onde aportam os imigrantes africanos que sobrevivem à travessia marítima (na qual já morreram 20 mil pessoas) e buscam melhores condições de vida na Europa, o senhor criticou a “globalização da indiferença” e aqueles que, no anonimato, movem os índices econômicos e financeiros, condenando multidões ao desemprego e à miséria.

Um Brasil diferente o espera. Como se Deus, para abrilhantar ainda mais a Jornada Mundial da Juventude, tivesse mobilizado os nossos jovens que, nas últimas semanas, inundam nossas ruas, expressando sonhos e reivindicações. Sobretudo, a esperança em um Brasil e um mundo melhores.

É fato que nossas autoridades eclesiásticas e civis não tiveram o cuidado de deixá-lo mais tempo com os jovens. Segundo a programação oficial, o senhor terá mais encontros com aqueles que ora nos governam ou dirigem a Igreja no Brasil do que com aqueles que são alvos e protagonistas dessa jornada.

Enquanto nosso povo vive um momento de democracia direta nas ruas, os organizadores de sua visita cuidam de aprisioná-lo em palácios e salões. Assim como seus discursos sofrem, agora, modificações em Roma para estarem mais afinados com o clamor da juventude brasileira, tomara que o senhor altere aqui o programa que lhe prepararam e dedique mais tempo ao diálogo com os jovens.

Não faz sentido, por exemplo, o senhor benzer, na prefeitura do Rio, as bandeiras dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. São eventos esportivos acima de toda diversidade religiosa, cultural, étnica, nacional e política. 
Por que o chefe da Igreja Católica fazer esse gesto simbólico de abençoar bandeiras de dois eventos que nada têm de religioso, embora contenham valores evangélicos por zerar divergências entre nações e promover a paz? Talvez seja o único momento em que atletas da Coreia do Norte e dos EUA se confraternizarão.

Como nos sentiríamos se elas fossem abençoadas por um rabino ou uma autoridade religiosa muçulmana?

Nos pronunciamentos que fará no Brasil, o senhor deixará claro a que veio. Ao ser eleito e proclamado, declarou à multidão reunida na Praça de São Pedro, em Roma, que os cardeais foram buscar um pontífice “no fim do mundo.”
Tomara que o seu pontificado represente também o início de um novo tempo para a Igreja Católica, livre do moralismo, do clericalismo, da desconfiança frente à pós-modernidade.  Uma Igreja que ponha fim ao celibato obrigatório, à proibição de uso de preservativos, à exclusão da mulher do acesso ao sacerdócio.

Igreja que reincorpore os padres casados ao ministério sacerdotal, dialogue sem arrogância com as diferentes tradições religiosas, abra-se aos avanços da ciência, assuma o seu papel profético de, em nome de Jesus, denunciar as causas da miséria, das desigualdades sociais, dos fluxos migratórios, da devastação da natureza.

Os jovens esperam da Igreja uma comunidade alegre, despojada, sem luxos e ostentações, capaz de refletir a face do Jovem de Nazaré, e na qual o amor encontre sempre a sua morada.

Bem-vindo ao Brasil, papa Chico! Se os argentinos merecidamente se orgulham de ter um patrício como sucessor de Pedro, saiba que aqui todos nos contentamos em saber que Deus é brasileiro!

Frei Betto é escritor, autor de “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros.

* Ariano Suassuna hoje no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Ariano Suassuna debate sobre a cultura brasileira em Fortaleza

Escritor paraibano dá aula-espetáculo nesta quinta (18) no Dragão do Mar.
Atividade faz parte do projeto 'Ariano Suassuna - Arte como Missão',


Ariano Suassuna esteve pela segunda vez no Flipoços (Foto: Jéssica Balbino/ G1)Ariano Suassuna esteve pela segunda vez no Flipoços
(Foto: Jéssica Balbino/ G1)
O escritor paraibano Ariano Suassuna vai debater sobre os rumos da cultura brasileira em uma aula-espetáculo nesta quinta-feira (18), a partir das 20 horas, no anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Suassuna defende uma arte livre de pressões econômicas, valorizando a arte de caráter passional e vocacional. A entrada é gratuita, com distribuição de ingressos a partir das 19 horas.
A aula-espetáculo faz parte do projeto "Ariano Suassuna - Arte como Missão", com um ciclo de atividades em homenagem ao romancista, dramaturgo, ensaísta, poeta e principal teórico do Movimento Armorial. Além da aula-espetáculo, mostras fotográfica e cinematográfica serão realizadas na Caixa Cultural Fortaleza.
Na exposição fotográfica, o artista plástico e fotógrafo Alexandre Nóbrega assina as 30 imagens que ficarão expostas a partir do dia 19 de julho, às 19 horas. A visitação será aberta ao público diariamente, sempre das 10 horas às 20 horas, até o dia 28 de julho. Alexandre captou registros inusitados e descontraídos do autor durante suas viagens Brasil afora nos últimos 10 anos. De um Ariano deitado no chão de um saguão de aeroporto à espera de um vôo atrasado, até às divertidas visitas ao sertão nordestino.
Na mostra audiovisual, oito títulos entre obras adaptadas e documentários vão estar em cartaz nos dias 19, 20 e 21 de julho, em duas sessões diárias (17h30 e 19h30). Entre os títulos, estão O Auto da Compadecida, de Guel Arraes; O Sertãomundo de Suassuna, de Douglas Machado; A Pedra do Reino; A Farsa da Boa Preguiça e O Santo e a Porca.
Aula-espetáculo com Ariano Suassuna
Data: quinta-feira (18)
Local: anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Horário: 20 horas
Entrada: gratuita, com distribuição de ingressos a partir das 19 horas
Exposição fotográfica: abertura dia 19 de julho, às 19 horas | visitação: de 20 a 28 de julho, das 10h às 20h, Caixa Cultural Fortaleza (Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema).
Ciclo de filmes: dias 19, 20 e 21 de julho; às 17h30 e 19h30, na Caixa Cultural Fortaleza (Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema)
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* Formação política e capacidade de análise dos jornalistas é débil!

Entrevista com Roseli Figaro

Publicado em julho 18, 2013 por 
“Se o jornalista não tem consciência do seu próprio trabalho, é claro que isso vai aparecer no produto que ele vai oferecer.”
Um estudo realizado com 538 jornalistas que trabalham em São Paulo revelou profundas mudanças no perfil da profissão. A pesquisa realizada pela professora da Universidade de São Paulo – USP Roseli Figaro mostrou que a formação política e a postura crítica dos jornalistas foram prejudicadas nas últimas gerações. As razões são diversas, mas as que pesam mais estão relacionadas ao enxugamento das redações e ao aumento do volume de trabalho, sem contar a falta de racionalização sobre a prática. “Uma questão que nos preocupou foi que uma minoria, em torno de 30%, tem noção de que o trabalho do jornalista é fundamental para preservar o direito do cidadão à informação. A maior parte vê a informação como um produto, um negócio. Quando colhemos os depoimentos, alguns deles chamaram a atenção pelo despreparo ou desinteresse desses profissionais com relação aos grandes temas e ao discernimento do papel do jornalista”, aponta Roseli na entrevista concedida por telefone à IHU On-line.
A pesquisa completa, que começou a ser feita em 2010 e realizada pela professora Roseli Figaro, junto com os doutorandos Rafael Grohmann e Cláudia Nonatom será lançada no próximo mês no livro intitulado As mudanças no mundo do trabalho dos jornalistas (Atlas, 2013). Resumidamente, o que o estudo indica é que os profissionais de imprensa são majoritariamente não sindicalizados, de formação política débil e com pouca capacidade de análise. “O jornalismo surge justamente no nascimento do racionalismo, na constituição do Estado frente à Igreja, no momento em que se constituem a república, a democracia e os conceitos de liberdade. São essas questões que são pouco vislumbradas por estes profissionais”, avalia a pesquisadora.
Roseli Aparecida Figaro Paulino é professora livre-docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da USP. Possui pós-doutorado pela Universidade de Provence, França. Ela é coordenadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa da USP/Comunicação e Censura e do Grupo de Pesquisa do Arquivo Miroel Silveira. Dedicou seus estudos à comunicação relacionada ao mundo do trabalho. É também autora de outros seis livros, entre eles, citamos: Comunicação e Análise do Discurso (São Paulo: Contexto, 2012).
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Quais foram os principais indícios que motivaram a realização da pesquisa?
Roseli Figaro – O nosso Centro de Estudos em Comunicação e Trabalho está voltado ao mundo dos comunicadores desde 2008, quando fizemos uma pesquisa com empresas que contratam jornalistas, publicitários, relações públicas, enfim, pessoas que tiveram como formação a área da comunicação. Nela foi onde percebemos haver uma coisa muito nova acontecendo com os jornalistas. Foi então que, depois do término desta primeira investigação em 2010, começamos um novo estudo com os jornalistas.
Nosso centro de estudo foi conversar com o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, cuja mostra inicial foram os jornalistas associados. A pesquisa trata de métodos quantitativos e qualitativos. Primeiro, aplicando um questionário fechado para que pudéssemos conhecer o perfil socioeconômico e cultural dos investigados. Feito esse primeiro mapa, selecionamos aleatoriamente jornalistas e fizemos entrevistas em profundidade e formamos grupos de discussão. Nesse primeiro levantamento verificamos que a maioria dos associados eram homens, com perfil acima da 35 anos e a maior parte deles com registro em carteira ou vínculo fixo. O que se percebeu é que esse perfil era diferente da primeira pesquisa e, por isso, realizamos outras amostras.
Em um segundo momento buscamos jornalistas em redes sociais da internet e em redes sociais de jornalistas para também responderem a um questionário. O retorno aqui já mostrava uma mudança em relação à pesquisa com os jornalistas sindicalizados. Então fizemos mais amostras com jornalistas freelancers e com empregados de uma grande empresa de comunicação de São Paulo.
Perfil
Com essas quatro amostras, pudemos verificar que o perfil atual do jornalista é feminino e que a maior parte destas jovens tem até 35 anos. Um outro dado é que os vínculos de trabalho não são tão estáveis e que as formas precárias de contração são por meio de contratos com Pessoa Jurídica e freelancer fixo. Todos eles com diploma de jornalista, mas não sindicalizados. Uma grande parte dos entrevistados já tinha especialização, além do curso de ensino superior. Investiram na formação apesar dos vínculos de trabalho serem precários. Os salários, sobretudo dos freelancers (40% do total), chegam até R$ 2 mil e a maioria recebe entre R$ 2 mil e R$ 6 mil.
Visão crítica
Na fase qualitativa da pesquisa, percebeu-se que um número pequeno dos entrevistados tem visão um pouco mais crítica sobre o trabalho e sobre sua situação profissional. A maioria dos entrevistados trabalha de 8 a 10 horas por dia. Frequentemente os freelancers precisam de maior rendimento, o que os faz buscar mais e mais trabalhos. Isso para garantir o sustento e condições mínimas de bem-estar. Essas condições de trabalho aparecem de maneira muito reduzida quando os jornalistas vão falar das origens dos problemas de trabalho.
IHU On-Line – A pesquisa também alerta para a falta de postura crítica dos novos jornalistas. Quais as razões dessa postura?
Roseli Figaro – Uma questão que nos preocupou foi que uma minoria, em torno de 30%, tem noção de que o trabalho do jornalista é fundamental para preservar o direito do cidadão à informação. A maior parte vê a informação como um produto, um negócio. Quando colhemos os depoimentos, alguns deles chamaram a atenção pelo despreparo ou desinteresse desses profissionais com relação aos grandes temas e ao discernimento do papel do jornalista. São poucos os que declararam uma preocupação em relação ao seu papel profissional, com a cidadania e democracia, ou seja, preocupação com seu papel de mediador social. Apareceu em alguns depoimentos, sobretudo dos mais jovens, uma falta de consciência crítica do papel social do jornalista.
IHU On-Line – Na pesquisa é apontado que há poucos jornalistas sindicalizados. Por quê?
Roseli Figaro – Nós não perguntamos por que razão isso acontece. Mas nos grupos de discussão e nas entrevistas apareceu uma falta de clareza quanto ao papel social dos jornalistas. Essa falta de sindicalização me parece uma decorrência disso, um sintoma desta situação. Há uma situação empregatícia muito precária e não se conseguem vislumbrar alternativas coletivas, mas apenas uma perspectiva muito individual  o que também é um sintoma de nossa época.
IHU On-Line – O que os dados dizem sobre a formação profissional? Que tipo de jornalista tem se formado?
Roseli Figaro – Como dito, todos têm diploma, sobretudo os mais jovens. A maioria deles busca cursos de especialização, mas o que se verifica é que a ideia da prática, da técnica, é ainda muito presente. As “críticas” pontuais às escolas e cursos de jornalismo vão no sentido de que os alunos fugiam das aulas de filosofia ou de teoria. Pior ainda, houve pessoas que disseram: “Se a gente fosse direto para o mercado aprenderíamos mais”. Vendo as práticas, o que percebemos é exatamente o contrário. O jornalismo não é um problema técnico, de saber operar com um manual, por exemplo, mas exatamente entender seu papel como mediador social, sobretudo na defesa do direito à informação. O jornalismo surge justamente no nascimento do racionalismo, na constituição do Estado frente à Igreja, no momento em que se constituem a república, a democracia e os conceitos de liberdade. São essas questões que são pouco vislumbradas por estes profissionais.
IHU On-Line – Onde a falta de formação humanística e política se torna visível nos produtos jornalísticos?
A pesquisa não tratou disso, mas minha opinião como professora e pesquisadora é a seguinte: quando vamos tratar da grande imprensa que, claro, tem uma linha editorial onde desenha sua opinião sobre o mundo e os fatos, o que se percebe são práticas que extrapolam os editoriais. As matérias, notícias, deveriam pelo menos trazer pontos de vista diferenciados sobre os fatos. As rotinas produtivas neste ritmo de trabalho que é colocado ao jornalista, com as redações enxutas, o excesso de tarefas e a premência do tempo, faz com que ele, às vezes, negligencie esse aspecto que é fundamental de sua profissão. O que vemos muitas vezes são matérias que deixam a desejar no quesito dos diferentes pontos de vista. Isso prejudica e baixa a qualidade do próprio veículo. Daí se percebe que os mais jovens preferem buscar informações na internet, mas isso também não resolve o problema da qualidade. Se o jornalista não tem consciência do seu próprio trabalho, é claro que isso vai aparecer no produto que ele vai oferecer.
IHU On-Line – A que atribui a precária formação política e humanística dos jornalistas recém-formados? Essa formação tem a ver com o momento político e econômico do país?
Roseli Figaro – Essa é uma questão que extrapola a questão dos jornalistas. Estamos acompanhando a movimentação das manifestações; então, o problema da análise do que está acontecendo não deve ser cobrado apenas dos jornalistas. Isso porque todos nós estamos surpresos com o volume dessas manifestações e não podemos exigir que o jornalista tenha condições de fazer uma análise exata do que está acontecendo, pois nem os sociólogos estão sabendo fazer.
São muitas variáveis e componentes e não temos a dimensão exata disso. Agora, certamente, os jornalistas, que estão ali com a tarefa de acompanhar e relatar esse fato, têm muitos elementos, informações. Como organizá-los sem uma consciência crítica tudo isso se torna ainda mais difícil. Análises mais apressadas que menosprezam fatos ou que deem uma dimensão que eles não têm se torna, de fato, uma coisa mais perigosa.
IHU On-Line – Diante da instrumentalização da formação de jornalista, qual a importância do diploma?
Roseli Figaro – Eu sou a favor do diploma. Se nós temos uma conquista na formação do jornalista é exatamente a obrigatoriedade do diploma. A questão é se as escolas e cursos de jornalismo são adequados. É comum que se perceba uma dimensão que separa teoria e prática. Talvez esta perspectiva seja o que tenha prejudicado a visão das novas gerações. Estamos vivendo um momento de convergência de mídias, de gêneros discursivos, etc. Cada vez mais as equipes são multidisciplinares – com jornalistas, publicitários, produtores audiovisuais. Não se pode pensar apenas uma formação técnica. O comunicador não pode pegar um fato e se relacionar com ele de uma maneira descompromissada. Ele precisa entender o processo comunicacional e a força disso em um espaço tão complexo quanto a nossa sociedade contemporânea. Um dos dados da pesquisa apontou que a maioria dos jornalistas se formou em faculdades particulares, e que essa formação mais pragmática é maior nas universidades privadas. Portanto, o jornalista como comunicador tem que entender o processo de comunicação por inteiro.
IHU On-Line – Na tensão entre “interesse público” e “interesse do público” – considerando a prática das corporações de comunicação , quem ganha e quem perde tendo em conta uma formação política débil dos profissionais?
Roseli Figaro – A linha editorial de cada veículo de comunicação é muito mais tranquila de ser assimilada, ensinada, apreendida por aquele profissional que não tem uma visão crítica própria. Então, ele vai naturalizar a linha editorial do veículo para o qual ele trabalha como uma visão de mundo. Mas o jornalista – até mesmo para fazer um bom trabalho para a empresa a que está vinculado – tem que ter uma perspectiva crítica e mais ampla que a própria linha editorial. Caso contrário, não vão precisar dele. A questão do direito público à informação não tem nada a ver com o público-alvo. Há uma coisa de que o jornalista trabalha para o “cliente-leitor”, e isso é uma exigência das empresas. Muito diferente é a visão que se tem do que é interesse público.
IHU On-Line – Que desafio está posto às universidades, especialmente aos cursos de comunicação, diante de tal contexto? Como resolver tal situação?
Roseli Figaro – Primeiro, é um desafio de que o jornalista se pense como um comunicador e a comunicação como uma área fundamental da sociedade contemporânea. Ela está envolvida em todos os aspectos da economia e da sociedade. É por isso que todos precisam de um jornalista, até salão de beleza contrata jornalista. É uma profissão fundamental na contemporaneidade e não temos dado a devida importância. Não é porque as empresas estão demitindo jornalistas que eles deixaram de ser importantes. Há um período de transição, o jornalista está mudando a forma como ele organiza o trabalho.
Então, são estas questões que precisam ser mais discutidas e sobre as quais o sindicato deve se debruçar. Não do ponto de vista da corporação, mas do que está acontecendo para que não sejamos vítimas do fato dado, no sentido de ser protagonista e discutir mais profundamente esse momento. Por exemplo, a questão das equipes multidisciplinares e a forma como o jornalismo se amplia para outras áreas, além das instituições tradicionais e o papel que isso adquire na questão educacional. Também a forma como ele pode ajudar a desempenhar a educação no país. Na verdade, a profissão do jornalista está se ampliando e não se reduzindo, como muitos pensam.
IHU On-Line – Com quais questões os jornalistas deveriam se preocupar, considerando sua formação e carreira?
Roseli Figaro – Sobretudo diante de tudo que está acontecendo no mundo e no nosso país, considerando essa mudança cultural, o acesso à informação e ao conhecimento é uma preocupação fundamental. Além disso, ter em conta qual é o papel do jornalista diante disso tudo deve ser a principal reflexão dos profissionais.
(Ecodebate, 18/07/2013) publicado pela IHU On-line, parceira estratégica do EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

* Redes sociais nunca foram gratuitas!

Os detentores do poder político, os usurpadores sociais, estão acordando e se preocupando sobre o que postamos nas Redes sociais!
Interessante como as redes sociais são temidas e respeitadas atualmente.
Até nos discursos dos políticos há citações, como por exemplo, "vi comentários nas redes sociais..."
Movimentos políticos e sociais são marcados usando apenas as redes sociais. Como por exemplo, o Movimento Contra a Corrupção. Redes sociais mostram ter mais poder que os jornais em papel, as emissoras de rádios e redes de tv. A tal ponto que todos esses meios de comunicação têm perfis nas redes sociais e divulgam as notícias do dia via twitter e via facebook.
Pessoas que não valorizavam as redes sociais, atualmente se dobraram diante do poder da informação que temos em mãos quando enviamos mensagens. 
Eu sempre acreditei e busquei novas propostas de comunicação. E desde o início, em blogs, orkut, etc utilizei a internet para divulgar a literatura e informar. Enviei convites para muitos amigos há alguns anos, quando fiz meu perfil no Facebook. Havia quem dizia não gostar e de repente vejo dia todo navegando no facebook via celular. E eu que convidei, não uso facebook no celular... 
Hoje, muita gente toma base de comunicação e até de vida, no facebook e no twitter... 
Já se foi o tempo em que as Redes Sociais eram coisa de desocupado, de adolescente que não tá querendo estudar e fica matando tempo na internet. Hoje elas são utilizadas por pessoas de todas as idades, classes sociais, países, etc.  A internet funciona também como meio de se educar (ou se deseducar). Há sites e portais de educação, cursos online pagos e gratuitos. Não há desculpas sobre falta de oportunidades.
As redes sociais estão cada vez mais ganhando a atenção, seja de usuários comuns, até empresas interessadas em difundir sua marca, ou interessadas em uma maior aproximação de seus clientes.
Essas redes sociais são bastante uteis se levado em conta as infinitas possibilidades de crescimento social, profissional, oportunidade de propagação de marcas em escala mundial, a troca intensa de informações, entre outras fornecidas por esse universo de opções criado pelas redes.
São vários os motivos que ensejam a participação de uma pessoa nas “redes sociais”: socialização, entretenimento, negócios, divulgação de pensamentos, projetos e eventos, visibilidade, etc.
O mundo empresarial descobriu nas mídias sociais uma nova e eficaz forma de se relacionar com o público consumidor. A imagem da organização ganha força na utilização das redes sociais. É incontestável como esse tipo de comunicação influencia na decisão de compra dos internautas. Os negócios são realizados com maior rapidez. Portanto, as redes sociais trouxeram para as empresas uma alternativa de divulgação dos seus produtos e comunicação com sua clientela bem mais eficaz e a custo bem menor do que nas chamadas mídias tradicionais.

As informações circulam em tempo real. A interação entre as pessoas se faz com muito maior abrangência. Amigos distantes se reaproximam. A troca de idéias potencializa a importância das redes sociais nas nossas vidas. Os relacionamentos se multiplicam. Alargam-se os campos de pesquisas. Não há necessidade de deslocamentos físicos para que se possa usufruir momentos de lazer. São espaços de debate social.
Porem as Redes Sociais também tem seu lado negativo e, como seus benefícios atingem todos os tipos de usuários. Levando em conta o usuário comum, temos alguns males que são patrocinados pelas redes como, indiferença à vida cotidiana, amizades fictícias, alienação, depressão, isolamento, entre outras coisas. Já as empresas, estão vulneráveis a perigos como o de críticas agressivas, segurança, difamação da marca, uso inadequado da linguagem, radicalismo, etc.
Torna-se um caos na vida dos internautas, quando falta sinal de internet ou quando têm dificuldades para fazer os contatos via redes sociais...
Existe o lado maléfico. Há grupos de terapia para viciados em redes sociais porque o excesso se torna uma patologia mental.
No que concerne ao financiamento de tudo isso que é oferecido grátis?

Em março de 2011 a Revista Superinteressante publicou artigo com Fontes Consultorias Pingdom e Candytech; revista Forbes
Por trás da rede social de A Rede Social há 60 mil servidores. E muita fé também: se você comprasse o Facebook hoje teria que esperar 100 anos para o investimento dar retorno. Mas tudo bem: pelo menos você seria dono do maior álbum de fotos da história da humanidade.
1 BILHÃO DE PESSOAS
O Facebook ganha 8 novos membros por segundo. Se continuar nessa toada, deve saltar dos 500 milhões de usuários de hoje para 1 bilhão no começo de 2013. No Brasil são só 11 milhões, contra 50 milhões do Orkut. Só que ele cresce 10 vezes mais rápido que o concorrente pioneiro. Mantendo o ritmo de hoje, o Feice ultrapassa o Orkut lá por abril de 2012.
55 BILHÕES DE FOTOS
A graça do Facebook são as fotos. Não é a gente que está dizendo, mas Mark Zuckerberg, o chefe. São 55 bilhões delas ali. Com isso, o Facebook pode dizer que é o maior álbum online da história - o Flickr, segundo colocado, tem 10 vezes menos. Isso dá uma média de 110 fotos por pessoa. Pouco, até. Mas a coisa deve crescer bem: só na noite de Ano Novo entraram 750 milhões de fotos. 
60 MIL SERVIDORES
Essa é a quantidade de máquinas que guardam o conteúdo da rede social - segundo estimativas da indústria, porque o Facebook não revela o número exato. O custo estimado para rodar os 60 mil servidores é de US$ 100 milhões por ano. E vai crescer: a rede social está construindo um data center do zero no Oregon, do tamanho de 26 Maracanãs. 

De onde vem todas as despesas para manter os poderosos sistemas de computadores das redes sociais que armazenam trilhões de informações diárias de todos os internautas no mundo todo?

Os criadores do Orkut, do Facebook, do Twitter, Skype, como ficaram milionários?
Informações da Revista Superinteressante de março de 2011:
O 10º HOMEM MAIS RICO DO BRASIL
Eduardo Saverin, o brasileiro cofundador do Facebook que foi passado pra trás por Zuckerberg, entrou numa batalha judicial contra o ex-amigo e terminou como dono de 5% do site. Isso o deixa hoje como o 10º homem mais rico do Brasil, já que o Facebook está avaliado em US$ 50 bilhões. Com US$ 2,5 bilhões de dólares, Saverin está logo atrás de Abílio Diniz e de Antônio Ermírio (US$ 3 bi cada). E ele tem 29 anos.
LUCROS MIÚDOS
O Facebook divulgou que teve lucro de US$ 355 milhões nos primeiros 9 meses de 2010 - o que leva a uma estimativa de US$ 473 milhões no ano. É pouco para uma empresa avaliada em US$ 50 bilhões. A Amazon, que vale a mesma coisa, deu US$ 900 milhões. A Bayer, US$ 1,9 bilhões. Mas ok: a expectativa dos investidores é que o Facebook logo dê tanto quanto o Google com publicidade online: US$ 2,5 bilhões. Por esse ponto de vista, US$ 50 bi ainda está barato. O Google vale 4 vezes mais. 


Nesse mundo capitalista algo é oferecido gratuitamente, com certeza há grandes interesses de aquisição de informações para os políticos dos países poderosos e para os grandes empresários, principalmente. Se a todo momento as pessoas enviam mensagens sobre costumes, gostos, preferências, então as grandes agências e empresas de publicidade dos políticos e da indústria têm acessos e utilizam essas informações. 
Não estamos nas redes sociais gratuitamente, porque sem perceber consumimos o que a maioria indica nos bate papos e postagens!
E qual intenção de estimular muita gente a ficar em casa diante de um computador, longe de um convívio social de calor humano e trocas de afetos pessoais?
Sejamos coerentes e reconheçamos que o entrelaçado capitalista está muito forte e quem pensa está construindo algo, na realidade está induzido pelo sistema.
Veja este artigo que tem fundamentos contundentes:

O programa de internet Facebook é uma simpática ferramenta de comunicação social, um instrumento que permite contatar e arquivar os endereços e outros dados dos amigos e familiares que conhecemos. Mas, também se constitui numa mina de informação para os órgãos de inteligência que exploram estes dados e, que graças ao Facebook, sabem tudo sobre você.
Quem é o Facebook? Quem está por traz desse projeto? É tão espontâneo com dizem? Obedece só a iniciativas cidadãs sem nenhuma ideologia por traz?
Segundo informou uma fonte especializada que pediu anonimato, descobriu-se que o Facebook é uma arma militar de espionagem e desestabilização, criada pelos setores mais extremistas da direita (os sinistros “neocons” ou neoconservadores) para obter informação dos usuários e manipulá-los com fins geopolíticos e estratégicos. 
Segundo essa fonte, participam no Facebook todos os 16 serviços de inteligência dos EUA, começando pela CIA, o Pentágono e o Departamento de Defesa. “Coletam e guardam tudo. Nada lhes escapa: fotos, e-mails, conversas, imagens, música, etc. Com isso estabelecem um ‘perfil’ psicológico, sociológico e político de cada pessoa e assim os mantêm sob vigilância. Uma vez que a pessoa ingressa, não a deixam sair, e se esta consegue, toda a informação privada fica armazenada lá”. 
Na área da exploração comercial e consumo, segundo The Guardian, encontram-se comerciantes sem escrúpulos de Silicon Valley, Coca Cola, Microsoft, Blockbuster, Sony Pictures, Verizon, e Conde Nast, entre outras.
“È um serviço que fomenta o individualismo para manter um maior controle da massa. Geralmente, faz os imbecis acreditar que eles são importantes e os levam a cometer qualquer ato que os verdadeiros interessados desejem sem ter uma participação direta que os implique. Se coloco uma boa foto minha com uma lista das minhas coisas favoritas, posso construir uma representação artificial de quem sou. Também estimula uma competitividade inquietante na amizade: pareceria que com os amigos a qualidade não conta e a quantidade é rainha”, acrescenta Tom Hodgkinson. 
“Não se necessita muito cérebro para fazer parte do grupo e sempre se incentiva a recrutar mais ‘amigos’, acrescenta. A pessoa vale pelo número de ‘amigos’ que recruta. Não é a toa que os EUA, Canadá e Reino Unido são os países com maior número de participantes”, casualmente são os que mantêm mais tropas de ocupação no Iraque e Afeganistão.
Facebook é um projeto bem financiado, por trás dele encontra-se um grupo de capitalistas de risco de Silicon Valley, com uma clara e definida ideologia que refletem em seu portal e esperam difundir pelo mundo. Como PayPal, é uma experiência social, uma expressão de uma classe particular de neoconservadores. No Facebook pode-se ser tão livre quanto se queira, sempre que não importa sofrer um bombardeio de publicidade das maiores marcas do mundo. Como no caso de PayPal, as fronteiras nacionais são coisa do passado. 
Ainda que o projeto fosse concebido inicialmente pela estrela das capas nos meios de comunicação, Mark Zuckerberg, a verdadeira pessoa por trás do Facebook é o capitalista de risco e filosofo futurista de Silicon Valley, Peter Thiel. Apenas três membros integram o conselho do Facebook, são Thiel, Zuckerberg e um terceiro investidor chamado Jim Breyer, de uma empresa de capital de risco chamada Accel Parteners. Thiel investiu 500.000 dólares quando os estudantes de Harvard Zuckerberg, Chris Hughes e Dustin Moskowitz foram visitá-lo em São Francisco, em junho de 2004, pouco depois de lançar o site. Dizem que Thiel possui, atualmente, 7% do Facebook, o que corresponde a um bilhão de dólares. 
Thiel é geralmente considerado em Silicon Valley e no cenário do capital de risco dos EUA como um gênio liberal, no sentido econômico do termo. É co-fundador e presidente do sistema bancário virtual PayPal, que vendeu o EBay por 1,5 bilhões de dólares, embolsando pessoalmente 55 milhões. Também dirige um fundo de risco de 3 bilhões de dólares chamado Clarium Capital Management e um fundo de capital de risco chamado Founders Fund.
A revista Bloomberg Markets recentemente o chamou de “um dos gerentes de maior êxito no ramo de fundos de risco do país”. Ganhou dinheiro apostando no aumento do preço do petróleo e predizendo corretamente que o dólar se debilitaria. Ele e seus colegas de uma riqueza insultante de Silicon Valley foram qualificados recentemente como a “máfia de PayPal” pela revista Fortune, cujo jornalista também assinalou que Thief tem um assistente uniformizado e um automóvel McLaren de 500.000 dólares.
Mas Thiel é mais do que um capitalista astuto e avarento. É um filosofo futurista e um ativista neoconservador. Graduado em filosofia em Stanford, é coautor de um livro de 1998 chamado “O mito da diversidade”, um ataque detalhado à ideologia progressista e multicultural que dominava em Stanford. Afirmou que a “multicultura” supunha uma diminuição das liberdades individuais. 
Quando estudante de Standford, Thiel fundou uma revista de direita, que ainda existe, chamada The Stanford Rewiev. É também membro de TheVanguard.org, grupo de pressão neoconservador que opera na Internet e que foi estabelecido para atacar MoveOn.org, grupo de pressão progressista que trabalha na rede. Thiel se autodenomina “muito liberal”, na expressão econômica do termo.
TheVanguard é dirigido por Rod D. Martin, um filosofo capitalista consideravelmente admirado por Thiel. 
Resumo do seu site na Internet a seguir dá uma idéia de sua visão do mundo: “TheVanguard.org é uma comunidade on-line de norteamericanos que acreditam em valores conservadores, o livre mercado e o governo limitado como o melhor meio de levar esperança e cada vez mais oportunidade a todos, especialmente aos mais pobres entre nós. Seu objetivo é promover políticas que redesenhem os EUA e o planeta”. TheVanguard descreve suas políticas como “reaganista/thatcherista”. A mensagem de seu presidente diz: “Hoje ensinaremos a MoveOn, Hillary e aos meios da esquerda algumas lições que nunca imaginaram”.
Claramente, o Facebook é outra experiência supercapitalista: pode se ganhar dinheiro com a amizade? Podem se criar comunidades livres de fronteiras nacionais e depois vender-lhes Coca-Cola?
O terceiro membro do conselho do Facebook é Jim Breyer. É sócio da empresa de capital de risco Accel Partners, que investiu 12,7 milhões de dólares no Facebook em abril de 2005. Membro também do conselho de gigantes norteamericanos como WalMart, de reconhecida trajetória de abusos trabalhistas, e Marvel Entertainment. Também foi presidente da Associação Nacional de Capital de Risco (NVCA).
Este é o tipo de gente que provoca muitos dos acontecimentos econômicos dos EUA porque investem nos novos jovens talentos, os Zuckerberg e gente do tipo. A mais recente ampliação de capital do Facebook foi dirigida por uma empresa chamada Greylock Venture Capital, que investiu a soma de 27,5 milhões de dólares. Um dos principais sócios da Greylock chama-se Cox, outro ex-presidente da NVCA, que também está presente no conselho da In-Q-Tel.
O que é In-Q-Tel? Bem, acreditem ou não (e comprove no seu site de Internet), é a ala de capital de risco da CIA. Depois do 11 de setembro, a comunidade dos serviços de inteligência ficou excitada tanto com as possibilidades de novas tecnologias e das inovações que estavam ocorrendo no setor privado, que em 1999 estabeleceu seu próprio fundo de capital de risco, In-Q-Tel, que “identifica e associa-se com companhias que desenvolvem tecnologias de vanguarda para ajudar a levar essas soluções para a CIA e a comunidade de inteligência dos EUA para executar suas missões”.
O departamento de defesa dos EUA e a CIA amam a tecnologia porque facilita a espionagem. “Temos que encontrar novas formas de dissuadir novos adversários”, disse o secretário de defesa Donald Rumsfeld em 2003. “Temos que dar o salto para a era da informação, que é o fundamento critico de nossos esforços de transformação”, acrescentou. O primeiro presidente da In-Q-Tel foi Gilman Louie, que prestou serviços no conselho da NVCA com Breyer.
Outra personagem chave na equipe da In-Q-Tel é Anita K. Jones, ex-diretora de pesquisa e desenho da defesa para o departamento de defesa dos EUA e, junto com Breyer, membro do conselho da BBN Technologies. Quanto Jones deixou o departamento de defesa dos EUA, o senador Chuck Robb lhe fez a seguinte homenagem: “Ela juntou as comunidades da tecnologia e de operações militares para desenhar planos detalhados para sustentar o domínio dos EUA no campo de batalha no próximo século”.  Fonte: http://anncol-brasil.blogspot.com.br/2012/04/quem-esta-por-traz-do-facebook-o-portal.html

Com certeza é um universo fascinante, mas, se não forem bem utilizadas, as redes sociais podem se transformar num grande problema para o internauta ingênuo e incauto.



Você está sendo vigiado e é você quem está dando os seus dados por livre e espontânea vontade, e não tem idéia do que fazem com eles. Saiba mais nos links:

Facebook admite que guarda fotos excluídas por usuários
http://tecnologia.ig.com.br/facebook-...

5, 4, 3, 2, 1... Desativar humanos:
http://revistaalfa.abril.com.br/tecno...

Cientistas esperam criar Deus:
http://diariodovale.uol.com.br/notici...

Silicon Valley tycoon embraces sci-fi future:
http://www.msnbc.msn.com/id/40823969/...

Canais da Singularity University (financianda por Peter Thiel, um dos donos do facebook e o futurista citado no vídeo sobre o propósito oculto do facebook):

http://www.youtube.com/user/Singulari...

http://www.youtube.com/user/singulari...

Cientista implanta chip no próprio corpo e prevê mudanças na educação:
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/...

Palestra do Prof Gregor Wolbring -- Novas tecnologias : oportunidades e ameaças:
http://saci.org.br/index.php?modulo=a...



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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:
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Redes sociais e seus malefícios.
Uma pesquisa revelou que o brasileiro perde mais de 40 horas  mensais em redes sociais. Fato que revela o uso indiscriminado do tempo. Uma semana de trabalho de 8 horas por dia num auto-engano! Pessoas criam perfis virtuais cheios de mentira e ficam fingindo uns aos outros.

Vale  ressaltar que as pessoas são levadas a pensar que suas vidas são chatas e monótonas quando veem as fotos de seus amigos em viagens, passeios, shopping center, no baile, na praia, em baladas ao redor de uma mesa cheia de bebida (Vidas vazias); e ficam pensando assim: nossa como minha vida é chata, nunca saio ou curto assim a vida! Acabam, por fim, ficando triste ou se lamentando!

As pessoas estão usando as redes sociais de uma forma inadequada que está imbecilizando o coletivo. Às vezes, alguém posta um comentário inútil e outros ainda aumentam a parvoíce! Quanta idiotice!
Outro aspecto a ser visto é que pessoas mal- intencionadas podem angariar informações pessoais e /ou fazer ataques maldosos, além da perda da privacidade. 

Do exposto,  se fizermos um cálculo simples, uma pessoa que gasta 15 minutos diários estará a desbaratar semanalmente 1h 45 minutos. Em 30 minutos diários, por semana, gastará 3h 30 minutos e assim por diante! Dá pra estudar, lavar louça, roupa e ainda o banheiro com esse tempo despendido! 


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Os malefícios do uso em excesso de redes sociais da Internet

W. Gabriel de Oliveira - Marketing, Comunicação e Gestão com foco em Tecnologia, Meios Digitais e Seres Humanos

Recentemente fui convidado pela Adital para tecer algumas palavras sobre os malefícios do uso exagerado de Redes Sociais da Internet. A entrevista pautou uma pesquisa da Academia Americana de Pediatria que apontou a depressão como umas dasconsequências. Sobre esse prisma, contribuí à discussão levantando características próprias dos jovens que facilitam esse comportamento, mas abordando também a responsabilidade compartilhada dos pais e da mídia sobre a formação dessas pessoas. Apesar de minha especialização não ser em psicologia, mas em marketing e educação, tomei dos meus estudos acerca de mídia, comportamento do consumidor e educação para construir minha opinião de que os tutores desses jovens devem ser os alicerces de suas formações, mas que isso não retira a responsabilidade dos produtos midiáticos, que devem oferecer disponíveis e acessíveis ferramentas para acompanhamento dos tutores sobre seus jovens.
Caso se interesse pela matéria completa, produzida pela jornalista Camila Maciel, basta acessar aqui o portal da Adital e ler a matéria “Redes Sociais: pesquisas apontam que uso em excesso pode causar depressão”.
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Benefícios e malefícios das redes sociais
Benefícios 
-Proporcionar melhor comunicação com familiares e amigos. 
-Estimular maior envolvimento comunitário 
-Proporcionar a colaboração mútua e a troca de ideias entre os participantes. 
-É um recurso muito bom para otimizar os contatos, os relacionamentos afetivos, sociais e profissionais. 
-Maior acesso a diversos tipos de informações, inclusive sobre saúde. 
-Algumas empresas utilizam perfis em redes sociais como fonte de infomações sobre candidatos e empregos. 

Embora possua muitos aspectos positivos, a Internet em especial as redes sociais também possuem vários franquias aspectos negativos. Um grande problema causado por essas redes é o isolamento social do individuo. Por conta das muitas horas de acesso diário e das varias funções atrativas por elas apresentadas, seus usuários acabam adquirindo um certo vicio que além de tudo, atrapalha no rendimento pessoal e profissional da pessoa. 
Entre as redes sociais, as mais populares são o Facebook, o Twitter, o Orkut e o MSN. São nelas também, que ocorrem grande parte dos ultrajes à integridade dos usuários.